sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Segredos

Tudo não passou de significados; parados; mortos. Lembranças amargas de dias complexos; dias bons; dias sofridos. E hoje pego meu café já frio; sim, ele já está frio; frio de tanto lembrar sobre aquele sentimento perdido; sentimento escondido; sentimento doentio; sentimento; apenas sentimento. E tudo se mantém igual. Sua vida mantém-se boa; sua história mantém-se a mesma; e a minha muda. Muda... muda... na tentativa de fazer com que nada tenha existido; de alguma forma eu quero esquecer; de alguma forma eu quero sonhar; de alguma forma eu quero respirar um ar puro; puro o suficiente de você nunca tê-lo respirado. Canalha. Insano. Nojento. Mentiroso. Doce... meu doce... um mel novo. Um sabor diferente. Coloco o leite no café agora gelado. Amargo. Amargura. Sofrer não é ruim... o ruim é sofrer por quem não ama; ou fazer alguém sofrer por você, se você não ama esta. Eu não os amo. Eu nunca os amei e vocês sabem. Tentativas de lhes esquecerem. Não funciona. Nada funciona. O fim do ano está próximo. Nós estamos próximos. Todos estão próximos. Vocês não vão poder evitar sempre. Vocês sabem que não. E tudo vai acabar. E eu farei o cronometro zerar novamente. Lágrimas serão derramadas, mas eu não me importo. Sou fria. Sou calculista. Não me importo em fazê-los sofrer. Nunca me importei. Tudo vai chegar ao fim. Fecharei agora. Tomarei meu café gelado que foi misturado com o leite quente, transformando em uma mistura morna.

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