segunda-feira, 11 de julho de 2011

Imaginando um ideal

Se eu parasse para imaginar como eu gostaria que o meu ideal, minha cara metade, fosse... eu não imaginaria você. Imaginaria alguém que fosse mais apegado, mais artístico, menos racional, mais sentimental, mais delicado, menos engraçado, mais fino, menos tudo o que você é, e mais tudo o que você não é.
Ele me teria como uma arte esculpida, e ele seria o mesmo para mim; seriamos iguais, faríamos e gostaríamos de tudo que o outro fizesse e gostasse. Riríamos das mesmas piadas. Sorriríamos das mesmas palavras. Pensaríamos os mesmos assuntos. Eu choraria pelos mesmos motivos que ele. Ele me entenderia sempre.
Porém, não é essa a graça que eu gostaria. A graça do amor é essa que eu tenho. Eu não preciso de ninguém assim, com esses defeitos e qualidades já basta a mim; se fosse para ter alguém como este que descrevi, colocaria vestes masculinas e me olharia no espelho.
A felicidade se aproximou quando vi a pessoa mais tudo o que eu falei que era menos e menos tudo o que eu falei que era mais. A felicidade se aproximou quando meus olhos avistaram os seus. Arte inexplicável e talvez incompreensível para você, mas que eu não cansaria em lhe explicar caso me pedisse.
Não quero alguém que me entenda sempre; quero alguém que olhe para mim, depois de eu dizer milhões de coisas, e diga eu não entendi nada, mas continue assim, amor!, que caia em risadas enquanto eu estiver chateada e eu pense ele não se importa comigo, sendo que eu saberei o quanto eu sou importante para ele. Não aceito nenhum gentleman parecido com aqueles que idealizei, pois achei um ainda melhor, um que nunca havia idealizado, achei você.

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