Acho que não existe mulher mais privilegiada do que aquela que possui vários amigos homens; afinal, não existe jeito melhor de descobrir a mente masculina do que convivendo com eles.
Pois bem, considerando-me uma dessas privilegiadas, saí para tomar algumas com um grupo estritamente masculino e, depois de quatro ou cinco cervejas, o assunto da noite surgiu: poligamia.
Um deles expôs sua tristeza por poligamia ser crime no Brasil, porque, segundo ele, homem tem direito já que trabalha muito e “agüenta um monte de ladainha de mulher”, assim, tendo mais de uma, dá pra variar; logicamente, entrei no assunto para um breve debate, porém, não dá para estabelecer um dialogo descente quando um dos lados está semi-alcoolizado. Por isso, resolvi guardar minha opinião para compartilhá-la aqui.
Em nossa sociedade a poligamia é crime, já em outras não; alias, é crime (até mais grave) para as mulheres, mas para os homens isso é natural.
O que dá o direito de um homem ter mais de uma esposa? Sim, eu sei, vem da cultura; mas que cultura é essa que em plenos anos 2000 ainda é tão forte? Será que seu embasamento é tão forte ou é a simples conveniência machista?
Quando alguém pratica poligamia está quebrando totalmente o sentido do “amor”. Quem ama, ama uma pessoa só e não várias, pelo menos é o que se espera; e, quando você “ama” mais de uma pessoa, mesmo que demore, você descobre de quem ama mais.
Outro ponto é, qual a diferença de um homem aturar uma mulher e uma mulher aturar um homem? Somos cromossomos XX e eles XY; sentimentos, reações e pensamentos totalmente distintos. Da mesma forma que é irritante (e, já avisando, perigoso) um homem dialogar com uma mulher na TPM, é extremamente insuportável para uma mulher ter que levantar do sofá e provar para um homem que a manteiga está atrás da caixa de leite e não que esta está brincando de esconde-esconde com ele.
Para os lugares praticantes de poligamia, sistema estranho mesmo é o nosso; mas, venhamos e convenhamos, alguma mulher divide o que é “seu”? E, meus camaradas, vocês trocariam um beijo de sua amada por 4 pernas torneadas lhes chamando de amor (respondam isso com sentimento e não com instinto)? Eu imagino que ambas as respostas são não.
Com isso, fica um tanto que provado que se permissão da poligamia fosse aceita em nossa sociedade não seria por outro fato se não o machismo e a luxúria humana. Digo então que este é o fim e que neste exato momento enviarei este texto via fax para a casa de cada um dos homens presentes no dia que surgiu este assunto.
Pois bem, considerando-me uma dessas privilegiadas, saí para tomar algumas com um grupo estritamente masculino e, depois de quatro ou cinco cervejas, o assunto da noite surgiu: poligamia.
Um deles expôs sua tristeza por poligamia ser crime no Brasil, porque, segundo ele, homem tem direito já que trabalha muito e “agüenta um monte de ladainha de mulher”, assim, tendo mais de uma, dá pra variar; logicamente, entrei no assunto para um breve debate, porém, não dá para estabelecer um dialogo descente quando um dos lados está semi-alcoolizado. Por isso, resolvi guardar minha opinião para compartilhá-la aqui.
Em nossa sociedade a poligamia é crime, já em outras não; alias, é crime (até mais grave) para as mulheres, mas para os homens isso é natural.
O que dá o direito de um homem ter mais de uma esposa? Sim, eu sei, vem da cultura; mas que cultura é essa que em plenos anos 2000 ainda é tão forte? Será que seu embasamento é tão forte ou é a simples conveniência machista?
Quando alguém pratica poligamia está quebrando totalmente o sentido do “amor”. Quem ama, ama uma pessoa só e não várias, pelo menos é o que se espera; e, quando você “ama” mais de uma pessoa, mesmo que demore, você descobre de quem ama mais.
Outro ponto é, qual a diferença de um homem aturar uma mulher e uma mulher aturar um homem? Somos cromossomos XX e eles XY; sentimentos, reações e pensamentos totalmente distintos. Da mesma forma que é irritante (e, já avisando, perigoso) um homem dialogar com uma mulher na TPM, é extremamente insuportável para uma mulher ter que levantar do sofá e provar para um homem que a manteiga está atrás da caixa de leite e não que esta está brincando de esconde-esconde com ele.
Para os lugares praticantes de poligamia, sistema estranho mesmo é o nosso; mas, venhamos e convenhamos, alguma mulher divide o que é “seu”? E, meus camaradas, vocês trocariam um beijo de sua amada por 4 pernas torneadas lhes chamando de amor (respondam isso com sentimento e não com instinto)? Eu imagino que ambas as respostas são não.
Com isso, fica um tanto que provado que se permissão da poligamia fosse aceita em nossa sociedade não seria por outro fato se não o machismo e a luxúria humana. Digo então que este é o fim e que neste exato momento enviarei este texto via fax para a casa de cada um dos homens presentes no dia que surgiu este assunto.
Querida Shay,
ResponderExcluirantes de tudo obg por ter passado no meu espaço e ter deixado um comentario tão gentil! fico feliz de ter gostado e sinta-se a vontade lá pq tb é um espaço seu.
fuçando seu perfil vi q vc tem esse blog e logo de cara senti cheiro de polêmica! huahuhua... adorei a sinceridade e a personalidade com a qual vc escreve. juro que fiquei com vontade de sentar com vc numa mesa de bar e passar a noite debatendo!
Sobre a poligamia a entendo como mais um processo de categorização de sentimentos tão con stante em nossa sociedade. Não acredito em tais categorizações e sim na liberdade. Talvez o problema em relação a poligamia não seja necessariamente o machismo ainda existente. Acredito mais que não a aceitamos por ainda não estarmos prontos a convivermos com a liberdade, sobretudo de escolha, e centrarmos tudo em nosso eu. Uma traição ao meu ver não se consuma com um ato carnal, e sim por não respeitarmos os limites alheios. Mas ainda a nossa educação sentimental encontra-se estruturada em principíos cristãos-ortodoxos não nos permitindo a entender por vezes a multiplicade do ser humano e sobretudo do seu desejo. Portanto lhe jogo uma provocação para terminar este comentario demasiadamente longo: Desejo sexual e amor são indissociáveis? separá-los seria ultrapassar os limites de uma relação consideravel saudável? (estendo isto a homens e mulheres?) e quais seriam os parâmetros para classificarmos um relacionamento como bom? talvez se pensarmos um pouco sobre tais questões encontre-se uma possivel resposta para poligamia!
bjs e desculpa por ter sido tão exaustivo!
http://garotoenxaqueca2010.blogspot.com/