terça-feira, 21 de junho de 2011

Crônica de um sorriso

Seria eu capaz de definir um sorriso? Talvez eu pudesse tentar, mas não explicar o que ele significou. Recebi este sorriso num local público e, mesmo sincero, eu nem conhecia o homem. Este sorriso não foi dado em tom de malícia, mas apenas um gesto sincero de cumprimento, e, mesmo rápido, a imagem ficou gravada em meus pensamentos assim como uma foto.
Minha vontade é de descrevê-lo eternamente; cada traço, cada linha, a forma como seus olhos se comprimiram e como as covas eram breves, mas chamativas. Talvez eu tivesse notado um tom encabulado do tal, porque eu já tinha recebido um bem rápido, porém, continuei o encarando para ter certeza que ele tinha sorrido para mim e ganhei este que estou a contar.
O que o fez sorrir para mim, eu não faço a mínima idéia; talvez seja porque eu já estava sorrindo enquanto ouvia musica e pensava em momentos que me deixam com o sorriso nos lábios, e então ele o viu e resolveu retribuir; ou quem sabe se sentiu feliz por ver uma pessoa feliz por perto; quantos “ou” eu vou colocar? É melhor parar por aqui.
Se fosse outra pessoa, provavelmente não estaria aqui escrevendo sobre um sorriso de um desconhecido, mas provavelmente ela também não teria ganhado este tão sincero. Imagino que estava no lugar certo e este homem que me sorriu também estava. É uma coisa banal para alguns, mas que fez meu dia tomar uma cor ainda mais feliz.

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