RESPOSTAGEM: Não é amor, é diferente

Tentei, juro que tentei. Tentei ser imparcial aos meus atos; tentei não pensar em seu sorriso; tentei ficar bem com a sua falta de preocupação. Mas, como esperado por mim, e inesperado para você, não consegui.
Eu não sou imparcial, eu fico feliz com seu sorriso, assim como me entristeço com sua despreocupação. Também noto seus olhos, suas brincadeiras. Minha vontade de abraçar-lhe é enorme.
Este sentimento que talvez fizesse tempo que não sentia, sinto. Não digo que te amo, não, isso não; mas sua companhia é importante. E, o pior, eu sinto a sua falta.
Não iria para o inferno por você, assim como não mudaria meus hábitos; o pior de tudo é que você não me cobraria isso. E talvez eu aceitasse se cobrasse, talvez eu fizesse algo por você.
Vontades essas que não sentia, e imaginei que já estivesse livre delas. Agir de forma fofa, deixar de ser a inatingível... chorar. Ser quem eu sou, sem maquiagem ou roupas bem costuradas; com meus simples óculos de grau, uma camisa surrada qualquer, madeixas desarrumadas e aquela minha expressão “não estou nem aí”.
Sonhos utópicos e desejos também. Com sorrisos e lágrimas. Sorrisos que com certeza eu já dei, mas lágrimas que ainda não foram derramadas e nem serão. Como eu disse, eu não te amo, mas... você é diferente para mim.
E com isso eu encerro esta crônica, para fazer com que ela se desprenda de um único acontecimento e passe a ser uma história sem começo nem meio, porém, talvez com um fim.